BRASIL – Saída de estrangeiros e feridos de Gaza é suspensa após ataque a ambulâncias; autoridades não divulgam nova lista de autorizados.

As autoridades israelenses e egípcias estão sob críticas pela falta de divulgação de uma lista contendo os nomes dos estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza, pois, pelo segundo dia consecutivo, nenhuma pessoa conseguiu sair do enclave palestino, que vem sofrendo com constantes bombardeios de Israel. A suspensão das saídas ocorreu após um ataque israelense contra ambulâncias em Gaza, ferindo pessoas que estavam sendo transportadas para atendimento médico, de acordo com a agência de notícias Reuters.

Diante dessa situação desesperadora, autoridades egípcias, estadunidenses e do Catar estão tentando retomar a saída de estrangeiros e feridos de Gaza, tendo em vista o ataque às ambulâncias. A última lista divulgada, no sábado (4), continha 599 estrangeiros, incluindo cidadãos dos Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha. Esses eram os nomes do quarto grupo de estrangeiros autorizados a ingressar no território egípcio, graças à autorização das autoridades egípcias e israelenses, com o apoio do governo dos Estados Unidos.

No entanto, a situação dos brasileiros em Gaza levantou preocupações entre as autoridades brasileiras. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, conversou com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, no último dia 3, e recebeu garantias de que os brasileiros em Gaza passariam pela fronteira com o Egito até quarta-feira (8). Ao todo, um grupo de 34 brasileiros está aguardando autorização para deixar Gaza, encontrando-se divididos entre as cidades de Rafah e Kahn Yunis, no sul do enclave palestino.

A situação humanitária em Gaza também vem se agravando. O brasileiro Hasan Rabee, de 30 anos, declarou que está se tornando cada dia mais difícil encontrar comida e que não há água potável para beber. Os alimentos disponíveis são cozidos em fogões a lenha. “Cada dia é pior que o outro. A água que temos não é mineral, estamos bebendo água encanada. Hoje, já são 31 dias sem energia. O maior sofrimento agora é encontrar comida. Muitas pessoas passam fome”, afirmou Rabee.

A falta de informações claras sobre a situação dos estrangeiros em Gaza e as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros causam ainda mais preocupação em meio ao conflito, com a população civil sofrendo as consequências mais sérias da guerra. A expectativa agora é que as autoridades israelenses e egípcias forneçam informações atualizadas e tomem medidas urgentes para garantir a segurança e o bem-estar daqueles que desejam deixar Gaza em busca de um refúgio seguro.

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