Damiana dedicou sua vida à luta pelos direitos territoriais de seu povo, conforme destacado pela Funai em nota oficial. Sua história foi marcada pela resistência e perseverança, sofrendo com a expulsão de seu povo de suas terras tradicionais desde a infância. A situação se agravou em 2012, quando após anos de acampamento às margens da BR-463 e a perda de cinco parentes em acidentes, ela enfrentou a última expulsão de sua terra.
A líder indígena se recusou a sair e, diante de uma nova ordem de despejo, proferiu palavras que ecoam como um manifesto de resistência: “Nunca mais sairemos daqui. Se nos matarem, peço que tragam pás para nos enterrar”. Sua determinação e coragem a eternizaram como um símbolo de resistência, conforme ressaltado pela Funai em sua nota de pesar.
Damiana Cavanha, além de líder espiritual, política e rezadeira, se tornou uma figura inspiradora para todos que defendem a causa indígena. Seu legado de trabalho incansável continuará a influenciar gerações futuras, mantendo viva a sua dedicação à luta pelos direitos e a identidade de seu povo.
A cacica Damiana faleceu sem presenciar a conclusão do processo de demarcação da terra indígena Apika’i. A reportagem buscou informações sobre a causa da morte junto ao Hospital Missão Evangélica Caiuá, onde a líder indígena veio a óbito, mas não obteve retorno até o momento.
A morte de Damiana Cavanha representa uma perda significativa para a comunidade indígena e para todos aqueles que reconhecem e apoiam a luta pelos direitos e pela preservação das culturas das populações originárias. Seu legado de resistência e determinação permanecerá como um exemplo a ser seguido e sua memória será honrada por aqueles que continuam a luta em prol dos povos indígenas.