Segundo informações oficiais do BB, o crescimento dos lucros foi impulsionado pelo aumento da margem financeira bruta em 30,1%, devido ao bom desempenho da carteira de crédito e dos investimentos em títulos. Além disso, a diversificação das receitas, principalmente as provenientes de serviços, e o controle dos gastos também contribuíram para esse resultado positivo.
Apenas no terceiro trimestre do ano, o lucro líquido ajustado alcançou a marca de R$ 8,8 bilhões, representando um aumento de 4,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e 12,8% em comparação com o trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) atingiu 21,3%, um índice semelhante ao observado em bancos privados.
Um dos fatores que colaboraram para esse crescimento foi o aumento da carteira de crédito em 10%, totalizando R$ 1,07 trilhão em setembro. Contudo, o índice de inadimplência também aumentou, atingindo 2,81% em setembro, reflexo do aumento dos juros, ainda que esteja abaixo da média nacional de 3,5%.
Dentre os segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 7,9%, enquanto a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se em 4,7% em 12 meses. Destaque também para o crédito para o agronegócio, que registrou alta de 5,7% no trimestre e 18,2% em relação ao ano anterior.
O crédito sustentável, que respeita parâmetros sociais e ambientais, totalizou R$ 338,8 bilhões no final do terceiro trimestre, representando 32% da carteira de crédito ampliada do banco.
Em relação às receitas e despesas, as receitas de prestação de serviços cresceram 5% em 12 meses, enquanto as despesas administrativas subiram 8% devido a investimentos em tecnologia.
O Banco do Brasil manteve suas projeções para 2023, com estimativa de lucro ajustado entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões, crescimento do volume de crédito entre 9% e 13%, crescimento das receitas com serviços de 4% a 8%, e alta das despesas administrativas entre 7% a 11%. Esta projeção mantém a expectativa otimista em relação aos resultados do banco para o restante do ano.
