De acordo com as investigações, foi constatado que dois usuários de redes sociais que residem em Alagoas haviam compartilhado arquivos contendo cenas de abuso sexual infantil entre os anos de 2020 e 2021, com pessoas que residem fora do Brasil. Através de técnicas de investigação avançadas, a polícia conseguiu identificar os locais onde os suspeitos se conectaram à internet para compartilhar esses arquivos.
Durante as buscas, a polícia apreendeu diversos equipamentos de informática, incluindo smartphones, computadores, notebooks e mídias digitais. Em um dos locais de busca, foram encontrados vários arquivos contendo imagens de abuso sexual infantil em um smartphone, o que resultou na prisão em flagrante de uma pessoa.
Todo o material apreendido será encaminhado à perícia para análise das imagens, com o objetivo de identificar eventuais crianças ou adolescentes vítimas de abuso sexual. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Alagoas com manifestação favorável do Ministério Público Federal (MPF) e as investigações tiveram início em dezembro de 2022, contando com a participação de policiais federais da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos da Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas.
É importante ressaltar que o armazenamento e compartilhamento de fotografias, vídeos ou qualquer outro registro de imagem que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente são crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90). As penas para esses crimes, quando somadas, podem chegar a até 10 anos de prisão.
A Polícia Federal em Alagoas está trabalhando ativamente para combater a disseminação desse tipo de conteúdo criminoso e garantir a proteção de crianças e adolescentes contra o abuso sexual. A “Operação Perigo na Rede” segue em andamento, e novas informações sobre o caso podem ser divulgadas à medida que as investigações avançarem.