A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia, Anete Fernandes, explicou que a ausência de chuvas, em um período que é conhecido como “veranico”, cria uma predisposição para uma maior incidência de radiação na superfície, o que tem contribuído para o aumento expressivo das temperaturas em diversas regiões do país. Além disso, a configuração de baixas pressões, comum nessa época do ano, aliada à ausência de nuvens, tem agravado o aquecimento atmosférico.
Segundo Anete Fernandes, esta onda de calor tende a persistir por mais tempo em estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Centro-Norte do Paraná. Ela ainda ressaltou que, embora haja uma mudança na sexta-feira, haverá uma continuação das altas temperaturas em grande parte do país, pelo menos até o fim de semana.
A meteorologista também alertou que, devido à presença do fenômeno El Niño e à irregularidade na estação chuvosa, é possível que outras ondas de calor ocorram no decorrer do ano. No entanto, até o momento, não há previsão para a ocorrência de uma nova onda de calor tão cedo. Ela também mencionou que, se os padrões climáticos se mantiverem, é possível que ocorram outras elevações significativas das temperaturas durante o período chuvoso.
Em relação às regiões específicas que serão afetadas, Anete Fernandes alertou que o Rio de Janeiro, Minas Gerais, oeste de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, sul do Piauí, oeste da Bahia, Centro-Norte do Paraná, Rondônia, sudeste do Amazonas e sul do Pará devem permanecer sob um cenário de altas temperaturas durante os próximos dias.
Em suma, a situação climática do país tem exigido atenção e cuidado redobrado por parte da população e das autoridades. A intensidade da onda de calor, aliada à ausência de chuvas, torna necessário que medidas de prevenção sejam adotadas para evitar possíveis impactos negativos na saúde e na qualidade de vida das pessoas.