Segundo a professora, os animais domésticos, que vivem dentro das casas, necessitam de cuidados especiais para evitar o estresse causado pelo calor. É fundamental fornecer um ambiente fresco, com sombra e água fresca, sempre verificando a limpeza das vasilhas e trocando a água com frequência. A observação do comportamento do animal, quanto à alimentação, defecação e micção, também é essencial.
No caso dos animais de produção, o estresse causado pelo calor é ainda mais grave. Dependendo da espécie e raça, o calor extremo pode aumentar a taxa de mortalidade dos animais. Mesmo os animais alojados em galpões específicos para sua criação e abrigo podem sofrer com as ondas de calor, como é o caso das aves.
Para minimizar o impacto do calor nos animais de produção, é importante escolher raças adaptadas e construir instalações adequadas, que garantam sombreamento e fornecimento de água limpa. Nos momentos mais quentes, é fundamental evitar estressar os animais com manejo excessivo e oferecer alimentos frescos nos momentos em que a temperatura diminui.
A preocupação com os animais não deve se limitar apenas aos domésticos e de produção. O professor Francisco Gerson de Araújo, coordenador do Laboratório de Ecologia de Peixes da UFRRJ, explicou que o calor excessivo também afeta os peixes e outros organismos aquáticos. O aumento da temperatura faz com que esses animais busquem áreas de temperatura mais amena, o que pode causar desequilíbrios na cadeia alimentar e até mesmo a extinção de espécies.
O alerta sobre os efeitos do calor não se restringe apenas aos seres vivos. É essencial que a sociedade como um todo esteja consciente sobre os impactos do calor extremo e tome medidas para minimizar os efeitos, tanto para os animais quanto para o meio ambiente.