A audiência de instrução do processo ocorreu em julho de 2020, e em setembro de 2020, a 3ª Vara Criminal de Florianópolis absolveu Aranha da acusação. A defesa da influenciadora recorreu da decisão, mas o TJ-SC manteve a sentença em outubro de 2021, apontando não haver provas que sustentassem a acusação. Toda a repercussão que o caso teve levou o CNJ a instaurar um procedimento disciplinar para apurar a conduta do juiz Rudson Marcos. Imagens da audiência se tornaram públicas em novembro de 2020, mostrando que o advogado de Aranha exibiu fotos pessoais de Mariana, fazendo comentários misóginos e desrespeitosos sem que o juiz ou o promotor de Justiça interviessem.
O CNJ decidiu, por fim, por aplicar uma advertência ao juiz Rudson Marcos, considerada a pena mais leve que o órgão pode aplicar a um magistrado. O comportamento do juiz poderia ter motivado sua remoção compulsória, mas como ele mesmo pediu para ser transferido para outra vara de Justiça, a pena foi considerada inócua. A divulgação do vídeo da audiência teve grande repercussão pública e levou à aprovação da Lei nº 14.245, conhecida como Lei Mariana Ferrer, que prevê punição para atos contra a dignidade de vítimas de violência sexual e testemunhas do processo durante julgamentos.
A decisão do CNJ gerou debate sobre possíveis influências na decisão do processo criminal movido por Mariana Ferrer contra Aranha, já que qualquer punição ao juiz poderia influenciar os rumos do caso. O advogado de Rudson Marcos defendeu a conduta do juiz e argumentou que ele tem uma carreira proba, sem qualquer ato ou decisão misógina ou machista em seu histórico. Apesar disso, a Lei Mariana Ferrer representa um avanço na abordagem de casos de violência sexual e pode contribuir para uma maior proteção das vítimas e testemunhas durante o processo judicial.