Espera-se que o GTI elabore, em um prazo de 90 dias, o Plano Nacional de Comunicação Antirracista, que reunirá estratégias de promoção da diversidade racial em publicidades e patrocínios do Estado, diálogo com a sociedade e veículos de comunicação, apoio técnico a novas diretrizes e políticas voltadas ao tema, formação para porta-vozes, servidores e prestadores de serviço, e fortalecimento de mídias negras.
A demanda para tratar da comunicação antirracista no governo federal surgiu da Articulação pela Mídia Negra, que reúne representantes de veículos, empresas de comunicação e coletivos liderados por jornalistas negros. Segundo a coordenadora da Rede de Jornalistas Pretos, Marcelle Chagas, a apresentação das propostas foi muito completa e a instalação do GTI é resultado das ações realizadas pelo grupo.
No entanto, Marcelle Chagas ressaltou a importância de acompanhar de perto o trabalho do GTI para garantir a implementação correta e justa das propostas. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou que o grupo é um passo inicial muito importante para que a comunicação tenha um papel ativo no combate ao racismo. Enquanto o ministro da Secom, Paulo Pimenta, afirmou que o governo está trabalhando para construir propostas que garantam uma comunicação pública mais inclusiva e que reflita a diversidade do povo brasileiro.
Espera-se que a criação do GTI seja um passo essencial para garantir uma comunicação mais igualitária e inclusiva no governo federal, além de fortalecer a representatividade das mídias negras. A implementação das propostas apresentadas pelos representantes da mídia negra será fundamental para que o plano elaborado pelo GTI tenha um impacto significativo na sociedade. A expectativa é que o grupo de trabalho seja capaz de mudar a forma como a comunicação é realizada, combatendo estereótipos e preconceitos.