Sob direção de Luiz Fernando Lobo, a mostra conta com a participação de 15 atores que abordam a história do trabalhador através de intervenções teatrais, mesclando artes visuais, artes cênicas, música, literatura, instalações multimídia e cinema. Além disso, a exposição representa momentos históricos que deram origem às greves do ABC no final dos anos 1970 e ao surgimento do novo sindicalismo.
Tuca Moraes, produtora do evento, destacou a simbologia de realizar a exposição em um momento em que o Armazém da Utopia está passando por obras, com 40 operários trabalhando no restauro, reforma e construção do novo espaço. Ela ressaltou que esse diálogo entre arte e realidade é muito significativo.
Vale ressaltar que o Armazém da Utopia oferece acessibilidade arquitetônica e intérprete de Libras em três sessões da exposição, reforçando o compromisso com a inclusão. Além disso, a mostra é viabilizada pelo Ministério da Cultura, proporcionando um importante apoio institucional.
Fundada em 1993, a Companhia Ensaio Aberto completará 30 anos em 2023 e tem como proposta a retomada do teatro épico no Brasil. Seu repertório inclui peças aclamadas pelo público e pela crítica, tais como “Cemitério dos Vivos”, “Missa dos Quilombos”, “Dez Dias Que Abalaram o Mundo”, “O Dragão” e “Morte e Vida Severina”.
Em adição, em 2022, o Armazém da Utopia foi reconhecido como patrimônio imaterial cultural do estado e do município do Rio de Janeiro, demonstrando a importância cultural e histórica do local.
A exposição “História da Classe Trabalhadora Brasileira” oferece aos visitantes a oportunidade de vivenciar e compreender o importante papel da classe trabalhadora na história do Brasil, através de uma abordagem artística e interativa. Enquanto isso, a Companhia Ensaio Aberto se destaca como um importante agente na preservação e revitalização do teatro épico no país.
