BRASIL – Deputado Gustavo Gayer (PL-GO) é denunciado por injúria e racismo contra Lula e ministro dos Direitos Humanos em entrevista.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e por racismo contra o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. A denúncia foi feita com base nas declarações polêmicas do deputado durante uma entrevista dada a um programa de podcast na internet, em junho deste ano.

Durante a entrevista, Gayer fez comentários que associaram africanos a pessoas com quociente de inteligência (QI) baixo, afirmando que a população daquele continente não possui capacidade para viver em um regime democrático. Além disso, o deputado chamou o presidente Lula de “bandido” durante a conversa. Após as declarações serem levadas à PGR pela Advocacia-Geral da União (AGU) e parlamentares da base governista, o deputado publicou mensagens nas redes sociais contra Silvio Almeida, o que reforçou a denúncia contra ele.

De acordo com a vice-procuradora em exercício, Ana Borges Santos, as declarações de Gayer não estão protegidas pela imunidade parlamentar, já que o discurso foi considerado dolosamente ofensivo, injurioso, depreciativo e aviltante.

Até o momento, o gabinete de Gustavo Gayer não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, durante a polêmica, o deputado afirmou que suas declarações foram tiradas de contexto e publicadas de forma distorcida na internet. Segundo ele, os comentários feitos durante a entrevista se referiam à qualidade da educação e à subnutrição no continente africano, fatores que, segundo ele, podem impactar no QI da população.

A denúncia contra Gustavo Gayer traz à tona discussões sobre a liberdade de expressão e os limites éticos e legais que devem ser respeitados por autoridades públicas. O caso também ressalta a importância de promover o respeito e a igualdade, independentemente de origem, raça ou etnia, e de responsabilizar indivíduos que promovem discursos de ódio e preconceito. A situação deve seguir sob análise das autoridades judiciais, enquanto a sociedade acompanha atentamente o desdobramento deste caso.

Botão Voltar ao topo