Entre as metas a serem alcançadas pelo fórum está o fortalecimento da participação das mulheres quilombolas tanto no planejamento das ações governamentais quanto na construção de espaços de debate que ampliem a valorização e o reconhecimento de suas atuações. O colegiado, de caráter consultivo, terá duração de um ano, prorrogável pelo mesmo período.
O grupo será composto pela ministra das Mulheres, três secretárias da pasta e todas as assessorias das demais secretarias, além de representantes dos movimentos das mulheres quilombolas. Ministérios como o da Igualdade Racial terão participação, mas sem direito a voto.
Além disso, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estabeleceu novas regras para o tombamento de documentos e sítios com reminiscências históricas dos antigos quilombos. A portaria que cria o Livro Tombo de Documentos e Sítios Detentores de Reminiscências Históricas de Antigos Quilombos também foi publicada no Diário Oficial da União.
As novas regras determinam os tombamentos de sítios ocupados por quilombolas onde ainda permanecem vigentes as culturais materiais ou imateriais e, também, sítios não ocupados, onde há vestígios materiais que guardam a memória dos antigos quilombos. O pedido de tombamento poderá ser feito por qualquer pessoa física ou jurídica nas superintendências ou na sede do Iphan.
Por fim, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) reconheceu e declarou território da comunidade quilombola Jatobá uma área de pouco mais de 4,8 mil hectares localizada nos municípios de Cabrobó e Salgueiro, a 489 quilômetros de Recife. A comunidade foi reconhecida como remanescente quilombola desde março de 2007, mas somente agora, em 2023, foi concluído o processo para o reconhecimento oficial do território. Essas medidas representam um avanço significativo na luta pelo reconhecimento e fortalecimento das comunidades quilombolas no Brasil.