BRASIL – “Mulheres Pretas no Serviço Público: Conheça Perfis Inspiradores de Destaque e Luta Pela Representatividade”

Mulheres pretas que tiveram carreiras de destaque no serviço público são o foco de um perfil no Instagram que busca combater a invisibilidade dessas personalidades e servir de inspiração para outras negras. O Coletivo de Mulheres Negras Servidoras e Empregadas Públicas do Governo Federal criou a página @servidorasnegras com o objetivo de homenagear as servidoras que abriram caminhos no serviço público.

Durante cada uma das cinco semanas do mês da Consciência Negra, o coletivo publica minibiografias das servidoras homenageadas na página. A iniciativa visa destacar as contribuições e realizações dessas mulheres e servir de inspiração para futuras gerações de mulheres negras.

A página escolheu a primeira a ser homenageada: Yvonne Lara da Costa, conhecida como Dona Ivone Lara. A servidora do Ministério da Saúde teve uma carreira de destaque tanto na música como na reforma psiquiátrica no Brasil. Formada em enfermagem e assistência social, Dona Ivone teve um papel de vanguarda ao levar para pacientes o mesmo que oferecia aos admiradores de sua produção artística, a música.

Outra homenageada foi Mônica de Menezes Campos, que em 1978 se tornou a primeira mulher preta a ingressar no Instituto Rio Branco e, em 1980, a primeira negra diplomata. A página também destacou Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra do Brasil, e Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do país, que desmistificou teorias embasadas no racismo científico durante sua graduação.

A iniciativa do coletivo foi elogiada por proporcionar reflexão sobre carreiras e possibilidades, além de reconhecer e valorizar o legado dessas mulheres. A divulgação dos perfis tem como principal objetivo inspirar novas gerações de mulheres negras a buscar destaque no serviço público.

Além disso, a iniciativa é uma forma de combater a baixa representatividade de pessoas negras no serviço público federal. Apesar de serem maioria na população brasileira, pessoas negras representam apenas 35% do serviço público federal, de acordo com uma reportagem da Agência Brasil.

Portanto, o perfil do coletivo de servidoras negras se torna uma ferramenta importante para promover maior visibilidade e reconhecimento para as mulheres negras que fizeram e continuam fazendo história no serviço público, abrindo caminho para futuras gerações.

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