Segundo relatos, equipes dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para prestar socorro ao detento. Apesar dos procedimentos de reanimação cardiorrespiratória realizados pelos socorristas, Cleriston não resistiu.
O falecido foi detido no Senado durante os atos de vandalismo ocorridos no 8 de janeiro. A defesa alega que ele não participou das ações e apenas procurava abrigo das bombas de gás lançadas pela polícia. A morte do preso foi comunicada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que ordenou as prisões dos envolvidos no evento e é o relator do processo ao qual o acusado respondia.
A notícia do óbito levou Moraes a solicitar informações detalhadas sobre o caso à direção da penitenciária. Além disso, é importante ressaltar que a defesa de Cleriston já havia pedido a soltura do acusado em novembro, alegando que ele possuía parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, mas o pedido não foi avaliado.
“Tendo em vista a notícia sobre o falecimento do réu Cleriston Pereira da Cunha, oficie-se, com urgência, à direção do Centro de Detenção Provisória II, requisitando-se informações detalhadas sobre o fato, inclusive com cópia do prontuário médico e relatório médico dos atendimentos recebidos pelo interno durante a custódia”, determinou Moraes ao tomar ciência do ocorrido.
A defesa do falecido reiterou os argumentos apresentados anteriormente e pediu para que fossem analisados os oito pedidos de liberdade que foram feitos, mas até o momento não haviam sido considerados pelas autoridades judiciais. Este trágico desfecho evidencia a complexidade e importância de uma análise cuidadosa de cada caso, especialmente em situações de grande repercussão como a dos eventos de 8 de janeiro.
