Devido às fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul desde a última quarta-feira, pelo menos quatro pessoas já morreram e mais de 194 mil foram afetadas de alguma forma. Segundo a Defesa Civil estadual, 138 cidades do estado sofreram danos e ocorrências diversas, com 63 pessoas feridas, 7.527 desalojadas e 2.653 desabrigadas.
A situação em Gramado, na serra gaúcha, é crítica, com deslizamentos de terra e inundações. Duas pessoas de uma mesma família morreram vítimas dos desmoronamentos e uma outra pessoa faleceu após uma enxurrada arrastar o carro em que ela viajava. Além disso, o desabamento de um centro esportivo em Giruá matou uma pessoa e feriu cerca de 60.
Devido aos impactos das chuvas, o governo estadual já repassou 1,7 mil cestas básicas a prefeituras de sete cidades para ajudar os moradores afetados. Além disso, liberou R$ 60 milhões para os municípios atingidos por desastres naturais entre setembro e novembro deste ano.
Segundo o Dmae, o aumento do nível do Rio Guaíba se deve ao grande volume de chuvas que atingiu a região nos últimos dias, o que tem colocado em risco a população ribeirinha. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também informou que este ano Porto Alegre registrou o terceiro inverno mais chuvoso desde 1961, com 31 dias de chuva maior ou igual a 1 mm e uma precipitação total de 652,2 mm, valor acima da média sazonal.
Diante desse cenário, a prefeitura de Porto Alegre iniciou o processo de fechamento das comportas do sistema de proteção contra as cheias, sendo a terceira vez, desde setembro, que as comportas são fechadas preventivamente. Esse sistema não era acionado desde 2015, quando o nível do rio atingiu 2,97 metros. A medida visa a proteção da população e a redução dos danos causados pelas inundações.
Em meio a essa situação de emergência, é importante que as autoridades locais e estaduais estejam atentas e proporcionem suporte às comunidades afetadas, visando a minimização dos impactos das inundações e a proteção da população contra os desastres naturais.
