CADEIA NELE: Protesto contra Dr. JHC, ‘agressor de mulher’, marca abertura de Natal de Maceió

O prefeito de Maceió, JHC (PL), não concedeu entrevista à imprensa na abertura do Natal de Maceió, nesta quarta-feira (22). Em silêncio desde que eclodiu o caso em que o irmão é acusado de violência doméstica contra a noiva, o prefeito preferiu falar apenas com a TV Gazeta (afiliada Globo) em ambiente controlado. Em cima do palco, JHC visualizou o protesto de mulheres que pediam punição aos agressores de mulheres em Maceió.

As mulheres seguravam cartazes com as frases “Não me Joguem no Chão”, “Dr. JHC na cadeia” e “Não me Calem” em referência à denúncia de agressão do irmão do prefeito, que foi uma ausência sentida na festa. Na solenidade que ligou a nova árvore de Natal e a nova decoração natalina, estavam presentes a mãe do prefeito, a suplente de senadora Eudócia Caldas, e o motorista do prefeito, o subtenente Gilvan Cabral, que está sendo aguardado pela Polícia Militar para cumprir prisão disciplinar. O subtenente Cabral teria retirado a vítima das mãos de policiais que prestavam socorro e sumido com ela durante 45 minutos.

A vítima desistiu de registrar ocorrência. A suspeita da Polícia Civil é que ela tenha sido coagida pela família Caldas. Também deve ser investigado o Major Diego, um bombeiro militar cedido à Prefeitura e que chegou primeiro que a guarnição da polícia ao local. Ele é acusado de ter impedido o acesso imediato dos policiais militares ao prédio.

Nas redes sociais, milhares de comentários cobraram um posicionamento do prefeito JHC, da secretária da Mulher, Ana Paula, das vereadores Olívia Tenório e Silvania Barbosa, mas o silêncio até o momento tem sido uma estratégia adotada pelo grupo. O deputado delegado Fábio Costa, que é acusado de ir defender o agressor na Central de Flagrantes, também se rendeu ao silêncio. Outro deputado federal, Alfredo Gaspar de Mendonça também preferiu não comentar sobre o caso do irmão do prefeito.

O único político da base de JHC a se pronunciar foi o vereador Siderlane Mendonça, que chamou a agressão de “briga de marido e mulher e que não se meteria”. Na ligação ao 190, a noiva do Dr. JHC afirmou que “foi agredida e jogada ao chão”.

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