O julgamento está marcado para ocorrer no Fórum do Barro Duro, na 9ª Vara Criminal, a partir das 9h. A comunidade e a imprensa aguardam com expectativa o desfecho deste crime que chocou a população de Maceió.
Relembrando os detalhes do caso, no dia 26 de outubro de 2022, Polyana de Medeiros e Silva, de apenas 23 anos, foi vítima de violência doméstica em sua própria casa, localizada no conjunto Village Campestre, no bairro Cidade Universitária. Além de agredi-la, o agressor ainda usou álcool para atear fogo às roupas da vítima, em seguida a jogando sobre o foco do incêndio.
É importante ressaltar que os filhos do casal, uma criança de 5 anos e um bebê de três meses, presenciaram toda a barbárie. Após o ataque, a mulher correu para a rua, nua e em chamas, em busca de ajuda. No entanto, foi perseguida e arrastada de volta para dentro de casa pelo agressor.
Os vizinhos socorreram Polyana e a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Benedito Bentes, de onde foi transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE). Ela teve 20% do corpo queimado, principalmente nas regiões do dorso e glúteo, com queimaduras de 2º grau, além de ferimentos no rosto.
Como se não fosse suficiente, o agressor ainda fugiu do local levando a bebê recém-nascida, mas a criança foi entregue à família da vítima horas depois. Na época do crime, foi revelado que a mulher já havia sido agredida outras vezes, inclusive durante a gravidez, e ela havia solicitado uma medida protetiva contra o agressor em março do mesmo ano.
Após a aprovação dessa medida protetiva, o homem passou a enviar mensagens com ameaças, aumentando o terror vivido pela vítima. O Conselho Tutelar acompanhou o caso junto à Justiça, enquanto os filhos ficaram sob cuidados da família materna.
Polyana só recebeu alta médica em novembro de 2022, mais de duas semanas após o crime. Em seu interrogatório, o acusado alegou que a motivação para o crime foi o desejo de se separar da vítima, que não teria aceitado a decisão. No entanto, a própria vítima afirmou que o agressor teria se enfurecido por não encontrar a certidão de nascimento da filha de três meses, que estava na casa da avó materna da criança.
Este caso chocante levou a população de Maceió a clamar por justiça e a refletir sobre a necessidade de maior proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. O julgamento de Thiago dos Santos Silva é aguardado com grande expectativa, e espera-se que a justiça seja feita para que a vítima e seus filhos possam viver em paz e segurança.
