Segundo Haddad, o Brasil terá a oportunidade de contribuir para uma “reglobalização sustentável” e para promover a transição energética em nível global durante o seu mandato no grupo, que terá início em 1º de dezembro e durará um ano. A Comissão será responsável por coordenar as atividades brasileiras no grupo, incluindo a organização das 104 reuniões previstas para esse período, sendo a mais importante a Reunião de Cúpula do G20, programada para novembro de 2024 no Rio de Janeiro.
O ministro ressaltou a importância do G20 como um fórum de discussões significativas, especialmente diante da crise enfrentada por organizações multilaterais tradicionais. Haddad defendeu a necessidade de os países se entenderem para evitar a fragmentação da economia global e destacou a importância de uma nova globalização que coloque questões sócio-ambientais no centro das preocupações.
Além disso, Haddad criticou a globalização das décadas de 1990 e 2000 devido à concentração de renda e ao aumento das disparidades de desenvolvimento entre os países. Ele defendeu a necessidade de uma nova abordagem na globalização, colocando em pauta preocupações sócio-ambientais e evitando os erros que levaram à crise econômica de 2008.
O ministro também enfatizou a oportunidade que o Brasil tem de pautar a economia mundial nos próximos 12 meses, atendendo aos interesses do país, da América Latina e do Sul Global. No entanto, ele reconheceu que a concretização dessas promessas enfrentará dificuldades, incluindo conflitos, crises do multilateralismo e o retorno do protecionismo por parte de países ricos.
Entre as prioridades do Ministério da Fazenda durante a presidência do Brasil no G20, Haddad citou a necessidade de reformar as instituições financeiras internacionais, promover uma tributação internacional justa e coibir a evasão fiscal. Além disso, o ministro prometeu esforços para resolver a dívida externa de países pobres.
Em resumo, Haddad enfatizou a importância do G20 como um instrumento para promover uma nova abordagem na globalização, com enfoque nas questões sócio-ambientais, e a relevância do Brasil em liderar esses esforços durante o seu mandato no grupo. Ele reiterou a importância de promover a integração entre as nações e destacou a necessidade de uma abordagem diferente em relação à globalização dos anos anteriores.