Em suas declarações, o prefeito afirmou: “A gente está pensando em iniciar um processo para sentir como é que vai ser o comportamento, se a tarifa zero realmente vai trazer um ganho para a economia, um movimento econômico maior. A ideia é que a gente faça o início dando transporte gratuito para domingo ou para o período noturno. É uma das duas situações que a gente vai colocar”.
Segundo Nunes, a ideia de liberar as catracas aos domingos é a que está sendo mais analisada pela prefeitura e teria um impacto entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões no orçamento da cidade. Ele justificou a escolha desse dia dizendo que “é um dia que não tem tanta movimentação. Pode trazer o aquecimento da economia, fazer girar a economia”.
O sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo teve um custo aproximado, em 2022, de R$ 10 bilhões, com metade desse valor sendo pago pelos usuários e a outra metade subsidiada pela administração municipal. Nunes também ressaltou que o sistema tem perdido passageiros nos últimos anos, passando de 9 milhões em 2019 para 7 milhões atualmente.
O projeto “Tarifa Zero”, que busca estudar a viabilidade da adoção do passe livre na cidade, está sendo desenvolvido pela São Paulo Transporte (SPTrans), empresa pública que faz a gestão do transporte no município. Apesar disso, ainda não foi concluído. Em junho de 2023, vereadores da cidade propuseram um projeto de lei para a concessão de passe livre parcial, especialmente para pessoas de baixa renda.
De acordo com um levantamento do pesquisador em mobilidade livre, Daniel Santini, 87 municípios no Brasil já adotam a tarifa zero plena no transporte coletivo. A maioria deles está em São Paulo, Minas Gerais e no Paraná. Dentre os municípios com maior população que adotaram o passe livre universal estão Caucaia (CE), Maricá (RJ), Ibirité (MG), São Caetano do Sul (SP) e Paranaguá (PR).