O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) aplicou uma multa de R$ 50 mil a um resort localizado na região de Ipioca, em Maceió, devido ao lançamento de efluentes de esgoto no Rio Meirim. A denúncia partiu de moradores da área, que divulgaram vídeos nas redes sociais mostrando o esgoto escorrendo em direção ao rio.
As imagens registraram o esgoto sendo despejado no rio com muita força, provocando um mau cheiro intenso nas proximidades. De acordo com relatos, o rio é uma fonte de renda para pescadores locais, porém a atividade tem sido prejudicada devido à contaminação.
Diante da denúncia, a Polícia Civil e representantes do IMA se dirigiram ao local para averiguar a situação e confirmaram que os efluentes estavam sendo lançados no rio a partir das instalações do resort Salinas Maceió.
Em resposta, o resort afirmou que possui licença dos órgãos competentes para o lançamento dos efluentes tratados no Rio Meirim, além de realizar análises laboratoriais mensais por um laboratório certificado pelas entidades reguladoras. Após a autuação, a operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) foi suspensa, e novas amostras dos efluentes foram coletadas para verificação do atendimento aos parâmetros legais.
O IMA também embargou a ETE do resort e determinou a suspensão imediata do lançamento. Além disso, foram recolhidas amostras do efluente para análise, e a Polícia Civil informou que abrirá um inquérito caso os laudos comprovem dano ambiental.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) também se manifestou, afirmando que o empreendimento possui licença para operar e que enviará técnicos para realizar uma inspeção no local.
O Salinas Maceió, por sua vez, reforçou que sempre atuou dentro dos parâmetros ambientais estabelecidos e se comprometeu a esclarecer quaisquer problemas que tenham impactado o funcionamento da ETE, incluindo a possibilidade de uma conexão clandestina na tubulação.
Em nota, o resort reiterou seu compromisso com o meio ambiente e respeito à legislação ambiental, elogiando a atuação dos órgãos fiscalizadores como o IMA. A questão continua sob investigação e a expectativa é de que as autoridades competentes garantam a proteção do Rio Meirim e das comunidades ao seu redor.