Prates elogiou a mudança na política de precificação da empresa, que abandonou o preço de paridade de importação (PPI), implantado em 2016 durante o governo Michel Temer. Com o PPI, os preços dos combustíveis eram diretamente correlacionados aos altos e baixos do custo do barril de petróleo no mercado global. O presidente enfatizou que a empresa não está mais reajustando os preços em tempo real e em dólar, de acordo com a paridade de importação. Ele ressaltou que a promessa do presidente Lula era “abrasileirar os preços” e isso foi feito, trazendo estabilidade ao mercado.
Apesar disso, Prates confirmou que está em constante conversa com o presidente Lula sobre o cenário e comportamento dos preços internacionais. No entanto, Prates assegurou que em nenhum momento se sentiu ameaçado no cargo e que o presidente Lula não interveio na elaboração final do plano estratégico da companhia, que prevê investimentos de US$ 102 bilhões. Ele ainda explicou que a reunião dele com o presidente Lula e ministros em Brasília foi um pedido seu, onde apresentou os conceitos do plano estratégico.
O preço dos combustíveis já foi tema de discussão no governo, com o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, manifestando a necessidade de queda nos preços. No entanto, Prates reforçou que a empresa segue a sua governança e natureza jurídica, e que a reunião com o presidente Lula teve como objetivo apenas expor os conceitos do plano estratégico.
Por fim, o presidente da Petrobras enfatizou que a companhia atingiu recordes de operação e valorização das ações no ano, reforçando que “não me sinto ameaçado nem um pouco”. Ele reforçou que o papel do presidente da Petrobras é independente e não sucumbiu a pressões externas.