Em nota conjunta, as entidades citaram “traição” por parte do governo federal, destacando que a sanção da lei foi considerada uma quebra de acordo estabelecido durante meses de diálogo e negociações. Os vetos aos dispositivos que asseguravam direitos aos policiais civis, tais como aposentadoria integral, pagamento de indenizações por insalubridade, periculosidade e atividade em local de difícil acesso, e licenças gestante, maternidade e paternidade foram alvo de críticas e chamaram atenção para a falta de previdência e seguridade social para os profissionais da categoria.
Os sindicatos dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) e do Estado do Maranhão (Sinpol-MA) também se manifestaram contra os vetos, repudiando a sanção da lei e descrevendo a atitude como injusta. O Sinpol-DF destacou que os vetos atingiram a expectativa de modernização das corporações e atualização das atribuições das carreiras, enquanto o Sinpol-MA questionou a fundamentação dos vetos e expressou indignação diante do desrespeito à categoria.
Entre os artigos vetados pelo presidente estão a garantia de aposentadoria integral, pagamento de indenizações por insalubridade, periculosidade e atividade em local de difícil acesso e a ajuda de custo em caso de remoção para outra cidade, licenças gestante, maternidade e paternidade. Segundo a Presidência da República, os vetos foram realizados em conformidade com os posicionamentos de ministérios conectados ao tema, considerando a inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público desses dispositivos.
A reação das entidades de classe de Policiais Civis e dos sindicatos demonstrou a insatisfação generalizada com os vetos e a sanção da Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, refletindo a preocupação com os direitos e condições de trabalho da categoria. A decisão do presidente gerou um cenário de tensionamento entre o governo federal e as entidades, destacando a importância do debate e negociação para assegurar os direitos dos profissionais da área de segurança pública.