BRASIL – Ministro de Relações Exteriores recebe deputada argentina para discutir relação bilateral e possibilidade de presença de Lula na posse de presidente eleito.

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, se reuniu neste domingo (26) com a deputada argentina eleita Diana Mondino, que foi designada como chanceler pelo presidente eleito da Argentina, Javier Milei. Durante o encontro em Brasília, Vieira recebeu um convite para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe da posse de Milei, que está marcada para o dia 10 de dezembro. A reunião também abordou temas relacionados à relação bilateral entre os dois países, bem como o atual estágio das negociações entre o Mercosul e a União Europeia.

A vitória de Milei, um candidato ultradireitista, na eleição presidencial argentina levanta dúvidas sobre o futuro das relações diplomáticas e econômicas com o Brasil. Durante a campanha, Milei chegou a defender a saída da Argentina do Mercosul, apesar de posteriormente recuar e passar a abogar por mudanças no bloco econômico, que também inclui Uruguai, Brasil e Paraguai. Além disso, o presidente eleito argentino fez declarações hostis em relação ao Brasil e à China, principais parceiros comerciais do país, afirmando que não faria negócios com ambos.

Esses posicionamentos lançam incertezas sobre as relações entre os dois países e levantam debates sobre o impacto que a presidência de Milei terá no comércio e nas parcerias econômicas entre Brasil e Argentina. Vale ressaltar que a Argentina é o terceiro principal destino das exportações brasileiras, perdendo apenas para China e Estados Unidos. Portanto, é fundamental que o governo brasileiro estabeleça estratégias diplomáticas sólidas para garantir a continuidade das relações comerciais com o país vizinho.

Este encontro entre Vieira e Mondino representa uma tentativa de estabelecer diálogo entre os dois países e de buscar canais de cooperação e entendimento, independentemente das divergências e incertezas levantadas pelo presidente eleito argentino. Os desafios diplomáticos e econômicos impostos pela gestão de Milei exigirão uma atuação estratégica por parte do governo brasileiro, a fim de preservar e fortalecer os interesses do Brasil na região.

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