BRASIL – Educação técnica de nível médio tem retorno na remuneração 3 vezes maior do que investimento, revela pesquisa do Insper.

Uma pesquisa recente realizada pelo Insper em parceria com o Itaú Educação e Trabalho e o Instituto Unibanco revelou que a educação técnica pode ser considerada um dos investimentos públicos mais rentáveis no Brasil. De acordo com o estudo, a cada R$ 1 investido na educação profissional e tecnológica de nível médio, o egresso da formação profissional tem um retorno na própria remuneração superior a R$ 3.

A pesquisa analisou 16 estudos selecionados, que apresentaram 76 estimativas do impacto da educação técnica. Os resultados apontaram que os egressos desse nível de educação profissional têm 5,5 pontos percentuais (pp) a mais de chances de estar no mercado de trabalho formal em comparação com os trabalhadores sem formação. Além disso, as chances de emprego formal para egressos da formação técnica de nível médio são 6,2 pp superiores quando comparados com os que não concluíram o ensino superior.

A formação profissional de nível médio aumenta em 6,8 pp a probabilidade de o indivíduo estar ocupado ou procurando trabalho, em comparação àqueles que têm somente o ensino médio regular completo. Para os que não têm educação superior, a conclusão da educação profissional e tecnológica de nível médio eleva a probabilidade de ocupação em 7,6 pp e a remuneração do trabalho em 18% para o grupo de indivíduos que concluíram apenas a educação básica.

Além disso, a pesquisa revelou que o jovem que cursar ensino técnico terá, ao longo da sua vida profissional, remuneração, em média, 32% mais elevada do que a renda daqueles que concluem o ensino médio regular. Ricardo Paes de Barros, um dos responsáveis pela pesquisa, apontou que os profissionais egressos da educação profissional e tecnológica de nível médio recebem remuneração até 12% maior em comparação com aqueles que concluíram somente o ensino médio.

A superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, ressaltou a importância da educação profissional e tecnológica (EPT) para transformar a vida dos jovens e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do país. Ela destacou a aprovação do Marco Legal do Ensino Técnico, que projeta a construção de uma política nacional para os próximos dois anos, e ressaltou a necessidade de avançar na elaboração conjunta dessa política para garantir a ampla oferta qualificada de EPT para os jovens, proporcionando um retorno positivo em suas vidas.

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