Essa chamada pública foi a primeira seleção da iniciativa Floresta Viva, que visa desenvolver projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros. A comissão de seleção, composta por 17 membros do BNDES, Petrobras, Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), avaliou um total de 30 propostas.
As três macrorregiões contempladas estão definidas no Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância Socioeconômica do Ecossistema Manguezal do ICMBio.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância da restauração dos manguezais e das restingas. Ele afirmou que esses ecossistemas costeiros são de grande importância ecológica, social e econômica, sofrendo ameaças decorrentes da expansão urbana e de atividades humanas. Com o apoio a projetos de recuperação, a ideia é contribuir para a conservação da biodiversidade, remoção de dióxido de carbono da atmosfera, além de promover geração de emprego e renda nas comunidades impactadas.
O presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, também destacou a importância da iniciativa para a atuação da empresa na área socioambiental. Ele salientou o compromisso da Petrobras com a transição energética justa e seu apoio a iniciativas socioambientais relacionadas à conservação de ecossistemas costeiros e marinhos.
Os projetos escolhidos são de instituições sem fins lucrativos, como associações civis, fundações privadas e cooperativas. O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), parceiro gestor do Floresta Viva, será responsável pela gestão operacional e execução das iniciativas.
Na visão da secretária-geral do FUNBIO, Rosa Lemos de Sá, a restauração de manguezais terá um impacto positivo ambiental, econômico e social significativo, representando um aliado importante no enfrentamento das mudanças climáticas.
A Floresta Viva, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), apoia projetos de restauração ecológica e preservação da biodiversidade em diferentes biomas, colaborando para as metas globais de combate e para a diminuição dos efeitos das mudanças climáticas.
Com esses projetos, a instituição estima atingir R$ 1 bilhão em investimentos para restaurar entre 32 mil e 66 mil hectares e retirar até 18 milhões de toneladas de CO2 da atmosfera. Vale ressaltar que já foram lançados outros dois Editais de apoio a projetos de restauração: Edital Amazonas e Bacia do Rio Xingu.