O estudo, que analisou o período entre 2013 e o primeiro semestre de 2023, revela que outros estados do Nordeste, como Sergipe, Paraíba e Pernambuco, ficaram na média nacional. Os dois estados com o maior número de conflitos agrários foram Bahia, com 206 casos, e Maranhão, com 626.
Em Alagoas, o IBGE mapeou três territórios quilombolas: Cajá dos Negros, em Batalha; Tabacaria, em Palmeira dos Índios; e Abobreiras, em Teotônio Vilela. Além disso, o estado conta com 77 agrupamentos quilombolas e 103 áreas de interesse operacional quilombola, estando presentes em 56 dos 102 municípios alagoanos.
Para a secretária de Estado da Agricultura, Carla Dantas, o diálogo aberto e as políticas públicas de garantia de direitos, inclusão produtiva e reforma agrária têm sido fundamentais para o avanço no desenvolvimento agrícola dos movimentos sociais e dos povos tradicionais em Alagoas.
A secretária de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, ressalta a importância do trabalho conjunto do governo com o Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União, Incra e o Iteral na mediação entre as partes nos processos de demarcação de território das comunidades quilombolas, visando a paz, o bem-estar no campo e a garantia de proteção aos direitos humanos.
O Iteral, órgão responsável por executar a política agrária e fundiária do Estado, tem mantido um diálogo constante com os movimentos sociais de luta pelo direito à terra, buscando soluções pacíficas para os conflitos existentes no campo, de modo a garantir a dignidade das famílias acampadas e das comunidades quilombolas.
Portanto, as ações conjuntas do governo de Alagoas, em parceria com diversos órgãos e movimentos sociais, têm contribuído significativamente para a diminuição dos conflitos agrários envolvendo as comunidades quilombolas no estado.