A pesquisadora do IBGE, Izabel Marri, destacou que a pandemia teve um impacto significativo na expectativa de vida do brasileiro, afirmando que em 2022 foi possível recuperar um pouco desse índice em relação ao pior ano da pandemia. Ela acredita que com o passar do tempo, a expectativa de vida deverá voltar a crescer, recuperando as perdas ocorridas durante a pandemia.
De acordo com os números, as mulheres têm uma expectativa de vida de 79 anos, uma queda em relação aos 80,1 anos de 2019, enquanto a dos homens ficou em 72 anos, também inferior aos 73,1 anos de 2019. Além disso, a probabilidade de morte do recém-nascido aumentou em 2022 em comparação com 2019, situando-se em 12,84 por mil nascidos vivos, um aumento de 0,9 em relação aos 11,94 por mil registrados em 2019.
A revisão realizada pelo IBGE também apontou para uma queda na esperança de vida ao nascer desde 2017. Em 2022, o Brasil registrou a expectativa de vida mais baixa desde esse ano, com 75,5 anos. No entanto, a pesquisadora acredita que a expectativa de vida continuará crescendo nos próximos anos, recuperando as perdas ocorridas durante a pandemia.
Esses novos dados demonstram o impacto dramático que a pandemia teve na população brasileira, refletindo não apenas nas mortes provocadas pela covid-19, mas também na expectativa de vida e na mortalidade infantil. A expectativa, de acordo com Marri, é que com a superação da pandemia, a esperança de vida ao nascer volte a crescer nos próximos anos.