A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também destacou a importância da aprovação do projeto, simbolizando a luta dos movimentos negros para a história do Brasil. A data de 20 de novembro refere-se à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, por sua resistência contra a escravidão. A atriz e militante do movimento negro, Vera Lopes, destacou que a aprovação do projeto representa a luta do movimento pelo reconhecimento das pesquisas do escritor, poeta e ativista Oliveira Silveira, idealizador do Dia da Consciência Negra.
O jornalista, professor e militante do Movimento Negro, Edson Cardoso, ressaltou que o projeto é um reconhecimento de uma luta coletiva e de um episódio histórico importante para a identidade nacional. Ele destacou que os valores humanos reafirmados na resistência quilombola servem de guia e farol para a luta do presente contra todas as formas de opressão contemporânea.
O Movimento Negro Unificado (MNU) completou 45 anos de história em 2023, com lutas em defesa do povo negro em diferentes aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais. O ato de fundação do MNU em 1978 é marcado como um momento histórico. As atividades do movimento dialogam com o conceito Sankofa, que representa olhar para o passado para a construção de um futuro.
A relatora do projeto também mencionou que houve resistência para que o projeto fosse pautado e votado na Câmara, com questionamentos sobre a necessidade da data ser feriado. Ela ressaltou que a aprovação do projeto e a criação da bancada negra na Câmara dos Deputados são resultados da luta travada pelos parlamentares negros há mais de 30 anos.
A deputada enfatizou que o ano foi difícil, mas criou uma unidade na Câmara para aprovar pautas importantes, como a criação da bancada negra e a aprovação do projeto. Ela destacou que o movimento negro tem dado passos importantes no processo de consolidação da democracia, como as cotas raciais e a resistência contínua contra o racismo.