De acordo com o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, a alta pode ser atribuída à inauguração de novas lojas e promoções que ganham força durante o segundo semestre. Além disso, fatores como renda mais estável e menor variação nos preços da cesta de abastecimento dos lares contribuíram para esse aumento. Segundo Milan, de janeiro a novembro, 573 lojas entraram em operação, sendo 306 novas e 267 reinauguradas, com os supermercados e atacarejos se destacando como os principais formatos.
Apesar do aumento registrado em outubro, os preços de alimentos e produtos de limpeza tiveram expressivas quedas, com destaque para o óleo de soja (-30,94%), feijão (-23,12%), cortes bovinos, frango congelado e leite longa vida. Em relação a uma cesta de 35 produtos de largo consumo, o valor teve uma alta de 0,10% em outubro na comparação com setembro.
Dentro dessa cesta, as maiores altas do mês vieram de produtos como batata, cebola, arroz, carne bovina, açúcar refinado e tomate. Já a maior retração foi observada nos produtos lácteos, como leite longa vida, queijos muçarela e prato, leite em pó e margarina cremosa. Foi possível observar também quedas nos preços do feijão, óleo de soja, café torrado e moído, farinha de mandioca e farinha de trigo. Por outro lado, ovos e sabonete registraram quedas de preço, enquanto carne bovina e pernil tiveram aumento.
A pesquisa ainda indicou que na cesta de higiene e beleza, houve quedas nos preços do sabonete, xampu, sabão em pó e detergente líquido para louças, enquanto papel higiênico e creme dental tiveram aumentos.
Esses dados mostram que, apesar do aumento no consumo nos lares brasileiros, houve variações significativas nos preços de diversos produtos, refletindo nos gastos das famílias no país.