BRASIL – Ministra do Zimbábue destaca avanços em busca da igualdade de gênero e enfatiza importância de mudança de mentalidade.

Ministra do Zimbábue destaca justiça racial como chave para desenvolvimento econômico e igualdade de gênero

A ministra das Mulheres, Comunidades e Empreendedorismo do Zimbábue, Monica Mutsvangwa, participa do Fórum Global contra o Racismo da Unesco, que está acontecendo em São Paulo até esta sexta-feira (1°) no Sesc 14 Bis, no bairro Bela Vista. Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra destacou a importância da justiça racial para o desenvolvimento econômico e para a igualdade de gênero no país africano.

Mutsvangwa abordou o período em que o Zimbábue era uma colônia britânica, que durou desde o final do século 19 até a vitória na guerra civil contra o apartheid da minoria branca em 1980. Ela ressaltou que, após a independência, o país declarou a reconciliação e se tornou uma nação pacífica.

Uma das políticas destacadas pela ministra é o fornecimento de crédito para mulheres, especialmente das áreas rurais, que tem contribuído para tornar o Zimbábue autossuficiente em alimentos. Ela enfatizou que a segurança alimentar é essencial para a harmonia e a redução de conflitos no país.

O Zimbábue, localizado no sul do continente africano, faz fronteira com a África do Sul, Moçambique, Namíbia e Zâmbia, e possui uma população de mais de 17 milhões de habitantes.

Mutsvangwa também falou sobre os avanços na Constituição do Zimbábue em relação à igualdade de gênero, destacando que o país conquistou cotas para mulheres na política. Ela ressaltou que 60 dos 280 assentos no parlamento nacional são reservados para mulheres, e que também há uma cota de 30% para mulheres em governanças locais.

No entanto, a ministra lamentou que práticas arcaicas, como o casamento infantil, ainda persistam no país. Ela enfatizou a importância de promover a mudança de mentalidade dos líderes tradicionais e da população em geral, citando o processo de independência como um momento em que o país rejeitou práticas discriminatórias em relação à educação de meninas e à idade mínima para o casamento.

Monica Mutsvangwa ressaltou que, mesmo com a implementação de leis, é necessário trabalhar em conjunto para promover uma mudança efetiva na sociedade. A ministra enfatizou a importância de mudar as mentalidades das pessoas e de promover a igualdade de gênero em todas as esferas da sociedade zimbabuana.

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