Durante o discurso, o presidente citou exemplos reais do impacto das mudanças climáticas, como a seca no Norte do Brasil e enchentes no Sul, ressaltando a gravidade da situação. Ele questionou a prioridade dada aos gastos mundiais, onde mais de US$ 2 trilhões foram destinados a armas no ano anterior, ao invés de ser investido no combate à fome e enfrentamento da mudança climática.
Lula enfatizou a desigualdade nas emissões de carbono, destacando que o 1% mais rico emite o mesmo volume que 66% da população mundial. Além disso, o presidente ressaltou a necessidade de combater as desigualdades para enfrentar as mudanças climáticas, apontando que a redução das vulnerabilidades socioeconômicas é fundamental para construir resiliência frente a eventos extremos.
O presidente também criticou o não cumprimento dos compromissos assumidos, o que mina a credibilidade do regime estabelecido. Ele defendeu a crença no multilateralismo e apontou a incapacidade da ONU em manter a paz devido a alguns de seus membros lucrar com a guerra. Além disso, lamentou o fato de acordos como o Protocolo de Kyoto e os Acordos de Paris não serem implementados.
Por fim, Lula ressaltou que nenhum país resolverá seus problemas sozinho e que todos estão obrigados a atuar em conjunto. Ele se comprometeu a liderar pelo exemplo, mencionando os ajustes das metas climáticas brasileiras, a redução do desmatamento na Amazônia e medidas de industrialização verde e agricultura de baixo carbono.
O discurso de Lula na COP28 reflete a urgência e a importância de ações concretas para enfrentar as mudanças climáticas e suas consequências. O presidente enfatizou a necessidade de um compromisso global em prol do meio ambiente e das populações mais vulneráveis.