BRASIL – Presidente Lula da Silva pede bom senso a Venezuela e Guiana em disputa territorial na região de Essequibo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua expectativa de que Venezuela e Guiana atuem com “bom senso” na disputa territorial da região de Essequibo, na Guiana. A declaração vem em meio ao referendo agendado para domingo (3), no qual os venezuelanos votarão sobre o apoio da população à anexação da área.

Em ocasião de sua visita ao Oriente Médio, o Presidente Lula conversou com jornalistas antes de deixar Dubai com destino a Berlim, na Alemanha, onde tem compromissos agendados. Lula ressaltou a importância de evitar conflitos na América do Sul e priorizar o desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da população.

O referendo popular promovido pelo governo de Nicolás Maduro busca legitimar a reivindicação da Venezuela sobre a região de Essequibo. Contudo, Lula expressou sua desconfiança em relação ao resultado esperado, destacando que a área já foi objeto de um acordo em 1966.

Embora defenda uma solução diplomática e pacífica para a controvérsia, o Brasil demonstra preocupação com a tensão entre Venezuela e Guiana, e ampliou a presença de militares em suas fronteiras com ambos países. A disputa pela região de Essequibo remonta ao século XIX e vem sendo objeto de análise pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) desde 2018, porém a Venezuela não reconhece a jurisdição do tribunal sobre o tema.

A Guiana, que controla efetivamente a maior parte do território em questão desde 1905, defende a fronteira estabelecida na época, enquanto a Venezuela sustenta que o limite deveria ser o Rio Essequibo. A região em disputa inclui parte do campo de Stabroek, com reservas estimadas em cerca de 11 bilhões de barris de petróleo, atualmente explorada em parceria com empresas como a ExxonMobil e a CNOOC.

A questão territorial entre Venezuela e Guiana é complexa, envolvendo acordos históricos, disputas pelo controle de recursos naturais e divergências jurídicas. Enquanto Lula expressa sua esperança por uma resolução pacífica, a tensão entre os países continua a suscitar preocupações regionais e internacionais.

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