Maria Gildete da Paz, de 44 anos, foi encontrada no Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió após mais de 10 anos desaparecida. A última informação sobre seu paradeiro indicava que ela vivia com um companheiro na capital, mas a situação mudou drasticamente quando ela foi admitida no HGE como “paciente não identificada” após sofrer uma forte agressão física que resultou em traumatismo cranioencefálico.
Após a identificação da paciente pela Polícia Federal, sua irmã, Maria Aparecida da Paz, foi contatada e compareceu ao hospital para acompanhar o tratamento da paciente. Emocionada, ela relatou que não tinha contato com a irmã há mais de 10 anos e que jamais esperava encontrá-la entubada e sedada. Agradeceu a toda a equipe por colaborar para o encontro e ressaltou que estão nas mãos de Deus.
Atualmente, Maria Gildete continua em estado grave, entubada devido à gravidade dos ferimentos causados pela violência. A equipe médica está empenhada em salvar sua vida e os familiares estão acompanhando de perto todo o atendimento, que inclui exames médicos, administração de medicamentos, abordagens multidisciplinares e avaliação de especialistas.
A Rede de Atenção às Violências (RAV) tem prestado todo o suporte necessário à família, garantindo os direitos legais e a proteção da paciente. A psicóloga da RAV, Roseane Casado, explicou que esforços foram feitos para garantir a assistência completa à paciente e para localizar os familiares, e que a Polícia Federal foi fundamental para desvendar a identidade de Maria Gildete por meio da coleta das impressões digitais.
O caso de Maria Gildete reflete a importância do apoio multidisciplinar, do esforço das autoridades e da mobilização da sociedade para lidar com situações de desaparecimento e violência. Agora, com o apoio da família, ela recebe a atenção necessária para enfrentar o quadro de saúde grave e trabalhar em direção à recuperação. Ainda não há previsão de alta hospitalar, mas a presença e o carinho da família certamente contribuirão para o processo de cura.