A redução dos juros, de acordo com o governo, foi motivada pelo corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic, que passou de 12,75% para 12,25% ao ano. Essa diminuição dos juros básicos da economia foi o que levou o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a propor a redução do teto dos juros para o crédito consignado, no intuito de acompanhar a queda na taxa Selic.
Apesar de a redução ter sido aprovada, os novos tetos ainda foram considerados um pouco altos pelo Ministério da Previdência Social, que na semana anterior propôs que o teto caísse ainda mais, para 1,77%, com desconto em folha, e para 2,62% no cartão de crédito consignado. Já os representantes das instituições financeiras defenderam a manutenção das taxas atuais.
Como resultado da nova determinação, alguns bancos terão que reduzir suas taxas para o crédito consignado do INSS, já que as taxas atuais de alguns deles, como o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia, estão acima do novo teto estabelecido. Porém, o Banco do Brasil já cobra exatamente o valor do novo teto, enquanto a Caixa cobra menos, com uma taxa de 1,73% ao mês.
Essa discussão sobre as taxas de juros do crédito consignado para aposentados e pensionistas já foi motivo de embate anteriormente, com decisões oscilantes entre reduções e aumentos. No início do ano, por exemplo, o CNPS reduziu o teto para 1,7% ao ano, o que levou os bancos a suspender a oferta do crédito consignado, alegando desequilíbrios financeiros. Após decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esse valor subiu para 1,97% ao mês.
Agora, com o novo teto estabelecido pelo CNPS, os aposentados e pensionistas do INSS terão a possibilidade de contratar crédito consignado com juros um pouco menores, o que pode representar uma economia significativa no longo prazo.