A situação se torna ainda mais crucial diante da futura presidência argentina de Javier Milei, que tem se manifestado contra o acordo e até mesmo pela saída do país do Mercosul, o que pode acarretar em complicações para a conclusão das negociações com a UE.
Em uma reunião ao lado do primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, em Berlim, Lula destacou a importância da aproximação entre as regiões do Mercosul e da União Europeia, enfatizando que isso é fundamental para a construção de um mundo multipolar e o fortalecimento do multilateralismo.
Em declarações anteriores, Lula pontuou que a falta de acordo comercial entre os dois blocos não será por falta de vontade dos sul-americanos, mas sim devido ao protecionismo europeu. Em uma tentativa de avançar com as negociações, o ex-presidente se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, durante a Conferência do Clima, em Dubai.
A Alemanha expressou apoio à celebração do acordo, com o chanceler Olaf Scholz indicando que está realizando esforços adicionais para que o tratado seja concluído. Entretanto, para entrar em vigor, o acordo precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu, pelo Parlamento Europeu e pelos parlamentos de todos os países do Mercosul e da União Europeia.
O acordo em questão abrange uma variedade de temas, desde questões tarifárias até aspectos regulatórios, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias, e propriedade intelectual. Não obstante as dificuldades enfrentadas, Lula demonstrou seu compromisso em continuar lutando pelo acordo, reiterando que não desistirá enquanto não conversar e ouvir a posição de todos os presidentes envolvidos.