BRASIL – Lula afirma que não desistirá do acordo entre Mercosul e União Europeia, apesar de resistência de alguns países, como a França.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta segunda-feira (4), seu compromisso em continuar lutando pelo acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), que foi aprovado em 2019 após mais de duas décadas de negociações. A resistência de alguns países, como a França, tem dificultado a implementação do acordo, e o próximo passo será discutido na Cúpula do Mercosul que acontecerá quinta-feira (7), no Rio de Janeiro, com o Brasil na presidência.

A situação se torna ainda mais crucial diante da futura presidência argentina de Javier Milei, que tem se manifestado contra o acordo e até mesmo pela saída do país do Mercosul, o que pode acarretar em complicações para a conclusão das negociações com a UE.

Em uma reunião ao lado do primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, em Berlim, Lula destacou a importância da aproximação entre as regiões do Mercosul e da União Europeia, enfatizando que isso é fundamental para a construção de um mundo multipolar e o fortalecimento do multilateralismo.

Em declarações anteriores, Lula pontuou que a falta de acordo comercial entre os dois blocos não será por falta de vontade dos sul-americanos, mas sim devido ao protecionismo europeu. Em uma tentativa de avançar com as negociações, o ex-presidente se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron, durante a Conferência do Clima, em Dubai.

A Alemanha expressou apoio à celebração do acordo, com o chanceler Olaf Scholz indicando que está realizando esforços adicionais para que o tratado seja concluído. Entretanto, para entrar em vigor, o acordo precisa ser aprovado pelo Conselho Europeu, pelo Parlamento Europeu e pelos parlamentos de todos os países do Mercosul e da União Europeia.

O acordo em questão abrange uma variedade de temas, desde questões tarifárias até aspectos regulatórios, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias, e propriedade intelectual. Não obstante as dificuldades enfrentadas, Lula demonstrou seu compromisso em continuar lutando pelo acordo, reiterando que não desistirá enquanto não conversar e ouvir a posição de todos os presidentes envolvidos.

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