A análise das condições de vida da população brasileira também revelou que a população jovem vêm diminuindo, passando de 51,9 milhões em 2012 para 48,9 milhões em 2022, o que representa uma queda de 5,9%. Esta redução está alinhada com o processo de envelhecimento da população do país.
É importante ressaltar que as taxas de jovens que não estudam e não trabalham aumentaram em 2016 e 2020 devido às crises econômicas e à pandemia de covid-19. No entanto, em 2021 e 2022, com o aumento dos jovens ocupados, houve uma diminuição no percentual de jovens que se encontravam nessa situação.
Entre os jovens que não estavam ocupados, 43,3% eram mulheres pretas ou pardas, 24,3% eram homens pretos ou pardos, 20,1% eram mulheres brancas e 11,4% eram homens brancos. Além disso, 4,7 milhões de jovens não buscaram trabalho e não tinham interesse em trabalhar, sendo que 2 milhões eram mulheres que cuidavam de parentes e das tarefas domésticas.
Os dados também revelaram que quanto menor o rendimento familiar, maior é a taxa de jovens que não estão na escola e fora do mercado de trabalho. Em 2022, a taxa nos lares com menores rendimentos era mais que o dobro da média, e sete vezes maior do que nos domicílios com os 10% maiores rendimentos.
O rendimento-hora da população ocupada branca foi 61,4% maior do que o da população preta ou parda em 2022, e cerca de 40,9% dos trabalhadores do país estavam em ocupações informais. Dessa forma, os números mostram que alguns grupos sociais enfrentam maiores desafios e desigualdades no mercado de trabalho.