O valor médio do décimo terceiro salário é de R$ 2.980, o que representa um avanço real em relação ao valor pago no ano anterior. Com esse dinheiro extra, as pessoas pretendem destinar parte dos recursos para as compras de final de ano. Segundo a CNC, o comércio deve ser o destino de R$ 37,35 bilhões, seguido pela quitação ou abatimento de dívidas, que consumirá R$ 35,97 bilhões. Os gastos no setor de serviços devem atingir R$ 20,31 bilhões, enquanto R$ 12,66 bilhões devem ser destinados para a poupança.
Esse comportamento dos consumidores em relação aos gastos do décimo terceiro salário reflete a melhoria na renda e no emprego ao longo do ano, bem como a redução da taxa média de juros. A CNC destaca que o nível de ocupação no mercado de trabalho aumentou, com a geração de 1,14 milhão de novas vagas no setor privado nos últimos 12 meses.
Com a chegada da segunda parcela, o comércio varejista espera um aumento médio de 25% nas vendas no mês de dezembro. Alguns segmentos, como vestuário e calçados, livrarias e papelarias, e lojas de utilidades domésticas, devem ter um impacto ainda mais significativo, com aumentos de até 80% nas vendas. Os hiper e supermercados, assim como as lojas de vestuário e calçados, devem ser os mais beneficiados com a injeção do décimo terceiro salário, com perspectiva de receber R$ 17,15 bilhões e R$ 4,47 bilhões, respectivamente.
Em resumo, a perspectiva é de que o décimo terceiro salário contribua para aquecer a economia e impulsionar as vendas do comércio varejista, possibilitando que as pessoas também quitem dívidas e poupem parte dos recursos. Neste sentido, a chegada desse benefício é aguardada com expectativa tanto pelos consumidores como pelos comerciantes.
