BRASIL – STF aprova transferência de julgamento de parlamentares para turmas e acelera análise de processos penais e inquéritos

Na última quinta-feira (7), a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou a favor da transferência do julgamento de ações penais e inquéritos contra parlamentares para as duas turmas da Corte. Com esse entendimento, os processos criminais contra o presidente da República, o vice-presidente, deputados, senadores e ministros de Estado não serão mais julgados pelo plenário do Supremo.

A proposta de alteração no regimento interno do Supremo foi feita pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, e está em avaliação em uma sessão administrativa virtual que será finalizada ainda nesta noite. A intenção por trás da transferência dos julgamentos para as duas turmas do tribunal é acelerar a análise de processos, incluindo as ações penais envolvendo os atos golpistas de 8 de janeiro.

De acordo com Barroso, os “episódios de graves ataques às instituições e à democracia, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes da República, no dia 8 de janeiro de 2023, trouxeram de volta ao tribunal o panorama de excesso de processos e de possível lentidão na sua tramitação e julgamento”.

O entendimento favorável à mudança foi seguido pelos ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes. Faltam os votos de quatro ministros para definir a questão. Vale ressaltar que, além do plenário, o STF é composto por duas turmas, formadas por cinco ministros cada uma. O presidente da Corte não participa dos colegiados.

Portanto, a decisão tomada pela maioria dos ministros representa uma mudança significativa na forma como os processos criminais contra autoridades políticas de alto escalão serão julgados no Supremo Tribunal Federal. A tendência é que essa alteração contribua para a celeridade na análise e resolução desses casos, especialmente os relacionados aos recentes episódios de atentados às instituições democráticas do país. A expectativa é que nos próximos dias a votação seja concluída e a mudança no regimento interno seja efetivada.

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