BRASIL – “Presidente Lula afirma que impasse no acordo UE-Mercosul tem relação com compras governamentais, durante Conferência Eleitoral do PT”

O impasse no acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul continua sendo motivo de discussão entre os líderes dos blocos econômicos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou o assunto durante discurso na abertura da Conferência Eleitoral do PT, em Brasília, na noite de sexta-feira (8).

De acordo com Lula, um dos principais motivos para a falta de acordo está relacionado ao tema de compras governamentais, que o bloco europeu deseja flexibilizar. O presidente enfatizou que o objetivo das compras governamentais é atender aos interesses do governo, fortalecer a indústria e promover o crescimento das micro, pequenas e médias empresas no Brasil.

Apesar do impasse, Lula expressou esperança na conclusão de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, cujas negociações já se estendem por mais de duas décadas. Durante a Cúpula do Mercosul, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também demonstrou otimismo em relação ao fechamento de um acordo “muito em breve”.

O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou-se contrário a um acordo durante a 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. No entanto, Lula expressou sua esperança na resolução do impasse, apesar das divergências.

Em 2019, houve um anúncio de conclusão geral do acordo UE-Mercosul, mas nem todos os pontos foram pactuados, o que tem contribuído para a demora na efetiva entrada em vigor do tratado. Além disso, o acordo precisa ser ratificado e internalizado por cada um dos Estados integrantes de ambos os blocos econômicos, um processo que demandará anos de tramitação nos parlamentos e nos governos nacionais dos 31 países envolvidos.

Em resumo, as negociações entre a União Europeia e o Mercosul continuam enfrentando obstáculos, mas os líderes dos blocos mantêm a esperança na resolução do impasse e na concretização de um acordo que possa beneficiar ambas as partes. A flexibilização das compras governamentais e outros pontos de discordância ainda precisam ser superados antes que o acordo possa ser efetivamente implementado.

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