Além disso, foi lançado o livro digital “As invenções no Brasil contadas a partir de documentos históricos de patentes”, que reúne informações sobre as patentes históricas do país. A pesquisadora do INPI, Flávia Romano Villa Verde, explicou que parte do acervo histórico não pertencia ao Instituto, e que parte dele estava no Arquivo Nacional.
O acervo conta com cartas patentes assinadas por 11 dos 13 presidentes da República da chamada República velha. Entre as patentes recuperadas, estão documentos de figuras importantes, como o empresário norte-americano Henry Ford, responsável por revolucionar a indústria automobilística com a linha de montagem fordista. Também foram encontradas patentes do soro antiofídico, desenvolvido pelo médico Vital Brazil, e de um ácido orgânico para o tratamento de moléstias parasitárias, do pesquisador Astrogildo Machado.
O projeto também destaca as contribuições de mulheres inventoras, com 19 patentes concedidas para mulheres de diversos países, incluindo o Brasil. O INPI planeja expandir o projeto para incluir documentos com data anterior à fundação do Instituto, montando um grupo de trabalho para disponibilizar os pedidos de patentes anteriores a 1971.
Segundo Flávia Villa Verde, muitos desses documentos estavam inacessíveis devido à fragilidade, mas o tratamento arquivístico realizado pelo INPI permitiu que as imagens fossem disponibilizadas no banco de dados, mantendo a grafia original da época e a ortografia atual. O acervo agora está à disposição de qualquer pessoa interessada em acessar esses documentos históricos.
Com o lançamento do projeto Memória da Propriedade Industrial – Patentes Históricas, o INPI reforça seu compromisso em preservar e valorizar a história das invenções e patentes no Brasil, ampliando o acesso a esse importante acervo para fins de pesquisa e conhecimento histórico. O projeto também destaca a importância das contribuições de mulheres inventoras, reconhecendo seu papel fundamental no desenvolvimento da propriedade industrial no país.