Marina Silva integrou a comitiva brasileira em Dubai e se posicionou a favor de uma linguagem mais clara no texto final da conferência. Ela destacou a falta de ambição do texto em relação aos prazos e à questão dos combustíveis fósseis, ressaltando a importância de abordar o processo de eliminação desse tipo de combustível. A ministra reforçou que o Brasil busca um texto compatível com a meta de limitar o aquecimento da terra a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, rejeitando a meta de temperatura “bem abaixo dos 2ºC” definida pelo Acordo de Paris.
A COP28 tem sido marcada por disputas entre os países em relação à linguagem que deve ser adotada no documento final da conferência. Em meio a essas discussões, o terceiro rascunho do texto final excluiu a previsão de “eliminação” dos combustíveis fósseis, substituindo-a pela previsão de “substituição” dos fósseis por energias renováveis. Essa mudança foi motivo de controvérsia e levantou críticas, incluindo as declarações da ministra Marina Silva.
A questão do uso de combustíveis fósseis é central nas discussões sobre mudanças climáticas, uma vez que a queima desses combustíveis tem contribuído significativamente para o aumento da temperatura do planeta. A crise climática, caracterizada por eventos extremos como calor excessivo, secas prolongadas e chuvas intensas, tem sido impulsionada pela emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
A reunião final da COP28 está agendada para ser realizada nesta terça-feira (12), e as expectativas em relação ao texto final permanecem elevadas. A defesa pela adoção de um texto mais ambicioso e claro, que reflita as urgências e desafios das mudanças climáticas, continua sendo um tema central nas discussões em Dubai.