BRASIL – Comissão de Educação do Senado aprova projeto para estudantes quitarem parte da dívida do Fies prestando serviço público.

A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta terça-feira (12), um projeto que propõe uma alternativa para que estudantes com dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) possam saldar parte de seus débitos por meio da prestação de serviço público. A proposta foi apresentada pela senadora Dorinha Seabra e é uma alternativa à proposta original do Projeto de Lei (PL) 3652/2023, que inicialmente propunha o perdão integral das dívidas dos estudantes contemplados no programa.

No texto substitutivo aprovado, a senadora incluiu a possibilidade dos devedores abaterem suas dívidas participando de programas de apoio ao serviço público nas áreas da saúde, educação, assistência social, entre outros. Segundo a proposta, para cada semana de trabalho com carga horária de, no mínimo, 20 horas, o estudante com dívidas com o Fies fará jus ao abatimento de uma prestação, além de ter ressarcidos os gastos com transporte e alimentação.

A relatora Dorinha Seabra destacou a importância da análise individual de cada caso e a regra de compensação, permitindo que assistentes sociais, professores e enfermeiros prestem um determinado número de horas de serviços à instituições públicas. Segundo a senadora, é fundamental que os beneficiários do Fies restituam os valores recebidos para garantir a continuidade do programa, uma vez que é o pagamento feito por quem obteve o financiamento que mantém o programa funcionando.

Para o presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns, a contrapartida proposta em substituição ao perdão irrestrito das dívidas promove ainda o ingresso de recém-formados em suas profissões. “É bom para a pessoa que se forma e que está procurando alternativas de trabalho, para se manter”, afirmou Arns.

Além disso, a Comissão de Educação também aprovou um projeto que inclui as mulheres indígenas em políticas públicas de combate à violência e de promoção da saúde e da educação. O Projeto de Lei 2975/2023 altera diversas leis e tem como objetivo considerar as condições e necessidades específicas às mulheres indígenas na formulação de políticas públicas e para o acatamento das respectivas diretrizes.

Caso o projeto seja aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais e pelo Plenário do Senado, um crime cometido contra um indígena passará a ser considerado um agravante, e as políticas públicas terão que levar em conta as particularidades e necessidades das mulheres indígenas. Isso garantirá que elas tenham espaço na definição e execução de programas de educação indígena.

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