BRASIL – BP Energy arremata bloco de exploração em leilão da ANP e é única empresa interessada no pré-sal.

A multinacional britânica do petróleo BP Energy foi a única empresa interessada em participar, nesta quarta-feira (13), do 2º Ciclo da Oferta Permanente – Partilha, promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A empresa arrematou o Bloco Tupinambá com um lance de R$ 7,04 milhões, valor fixo determinado em edital. O investimento previsto é de R$ 360 milhões. O leilão foi realizado no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro.

O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, atribuiu a baixa participação de empresas à nova forma de analisar as áreas de exploração remanescentes na camada pré-sal. Segundo Saboia, o interesse inicial no pré-sal caiu devido à mudança na percepção das vantagens da região como área de exploração.

Por se tratar de uma área do pré-sal, o contrato da petroleira com o governo será na modalidade de partilha. Isso significa que a produção de óleo excedente é dividida entre a empresa e a União. A BP Energy ofereceu 6,5% de excedente de óleo para a União, representando um ágio de 33,20% em cima do mínimo exigido.

Enquanto o 2º Ciclo da Oferta Permanente – Partilha teve apenas uma empresa interessada, contrastando com o 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, também realizado pela ANP nesta quarta-feira. Neste leilão de concessão, a ANP arrecadou R$ 421,7 milhões no leilão de 33 setores com blocos exploratórios, nas bacias sedimentares de Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Pelotas, Potiguar, Recôncavo, Santos, Sergipe-Alagoas e Tucano. Ao todo, foram arrematados 192 blocos, correspondendo a uma área de 47,1 mil quilômetros quadrados.

Os leilões de setores com blocos exploratórios de petróleo fazem parte da oferta permanente, principal modalidade de licitação de blocos de exploração de petróleo e gás natural, oferecendo uma oportunidade contínua de aquisição de áreas exploratórias. Esse modelo é considerado mais atrativo, especialmente para pequenas e médias empresas.

Desde que a exploração de petróleo no Brasil deixou de ser um monopólio da Petrobras, o país realizou 33 rodadas de licitações de campos de exploração. De 1999 até o início dos leilões desta quarta-feira, o governo federal tinha arrecadado R$ 148 bilhões em bônus de assinatura pagos pelas empresas vencedoras das licitações. Com isso, o Brasil subiu do 18º para o nono lugar no ranking dos países produtores de petróleo e a produção cresceu de 970 mil barris por dia para 3,5 milhões por dia.

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