Dino afirmou que um juiz deve assentar sua legitimidade no cumprimento das normas e no respeito às tradições, ao invés de depender do carisma pessoal. Ele enfatizou que a discrição e a ponderação são deveres indeclináveis de um magistrado, características que se distinguem da forma como os políticos atuam.
O ministro ressaltou que não há problema na presença de políticos nas supremas cortes, citando exemplos de outros países e a longa linhagem de parlamentares brasileiros que já ocuparam esse cargo. Ele enumerou os princípios que pretende seguir em suas atividades no STF, incluindo o compromisso com a harmonia entre os Poderes e a defesa de cláusulas pétreas da Constituição.
Dino também enfatizou a importância da presunção de constitucionalidade das leis, da legalidade dos atos administrativos e da presunção de inocência. Ele ponderou sobre a necessidade do Poder Judiciário não criar leis, destacando que o STF pode atuar apenas quando não houver legislação aplicável. Além disso, o ministro defendeu que o Judiciário deve invalidar os atos administrativos apenas de forma excepcional, considerando os obstáculos e dificuldades reais do gestor.
Por fim, Dino reforçou seu compromisso em respeitar a cláusula do devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa, para evitar qualquer tipo de punitivismo e linchamento físico ou moral. A sabatina visa avaliar a aptidão do ministro para assumir o cargo no STF e trará discussões sobre suas propostas e princípios que nortearão suas decisões.