BRASIL – CNI projeta crescimento de 1,7% para a economia brasileira em 2024 em Informe Conjuntural divulgado em Brasília.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, nesta quinta-feira (14), suas projeções para a economia brasileira nos próximos anos. De acordo com o Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024, a entidade estima um crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, mesma taxa registrada no ano passado. Para 2024, a projeção é de uma expansão de 1,7%, o que, segundo a CNI, é um resultado positivo, mas não indica o início de um novo ciclo de desenvolvimento.

A análise da confederação destaca que o crescimento do PIB em 2023 foi impulsionado por fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do setor agropecuário e a queda nos investimentos produtivos. Para 2024, a expectativa é de um crescimento mais modesto, com previsões de 0,3% para a indústria de transformação e 0,7% para a indústria da construção. A recuperação desses setores é vista como um ponto positivo, já que em 2023 a indústria de transformação deve encerrar o ano com queda de 0,7% e a indústria da construção com recuo de 0,6%.

No que diz respeito aos investimentos, a CNI projeta um recuo de 3,5% em 2023, o que deve resultar em uma queda na taxa de investimento em relação ao PIB. Diante desse cenário, a confederação ressalta a necessidade de uma estratégia de médio e longo prazo para manter taxas de investimento iguais ou superiores a 20% do PIB.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, destaca a importância do aumento do investimento para o crescimento sustentado da economia, ressaltando a necessidade de uma agenda focada em economia verde, sustentabilidade, pesquisa e inovação, e transformação digital. Segundo Alban, esses aspectos indicam o caminho para que o Brasil se torne protagonista de uma nova fase de industrialização.

Em relação ao mercado de trabalho, a CNI projeta um crescimento menor na massa salarial em 2024, devido a um crescimento menor do número de pessoas ocupadas. Além disso, a entidade não está otimista quanto ao cenário econômico internacional, prevendo que este será pouco favorável e que pode impactar negativamente o saldo positivo da balança comercial.

Diante dessas projeções, a confederação alerta para a necessidade de uma estratégia para impulsionar o crescimento econômico e o mercado de trabalho nos próximos anos, enfatizando a importância do investimento e do desenvolvimento de uma economia mais sustentável e inovadora.

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