Segundo o relato da cantora, após passar pelos procedimentos de segurança, ela foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual, durante a qual pediram para revistar seu cabelo. Luciane descreveu a situação como constrangedora e afirmou que ficou aterrorizada com a violência do ato.
A ministra Anielle Franco lamentou o episódio e afirmou que a equipe do Ministério da Igualdade Racial já está se mobilizando para entender e acompanhar o caso, destacando a importância do respeito ao corpo e ao cabelo das pessoas, especialmente em casos como esse.
Em nota, a Infraero, responsável pela administração do aeroporto Santos Dumont, afirmou que Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para a inspeção manual, mas negou que tenha havido uma revista em seu cabelo. Segundo a estatal, as imagens das câmeras de segurança comprovaram que não houve a revista nos cabelos da cantora.
A Infraero reiterou que a inspeção de segurança aleatória é independente de características pessoais dos passageiros, como origem, raça, sexo, idade, profissão, entre outros. A empresa também destacou que repudia qualquer forma de discriminação e se colocou à disposição das autoridades para esclarecer os fatos.
Este episódio reforça a importância de debater e combater o racismo e a discriminação racial, que infelizmente ainda estão presentes na sociedade. A atuação do Ministério da Igualdade Racial e a manifestação da cantora Luciane Dom revelam a necessidade de medidas efetivas para garantir o respeito e a igualdade para todas as pessoas, independentemente de sua origem, raça, ou qualquer outra característica. Acompanharemos atentamente o desenrolar desse caso e esperamos que as devidas providências sejam tomadas para evitar a repetição de situações como esta.
