A expectativa é baseada na projeção de que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá menos no próximo ano em comparação com 2023. Bentes explica que em 2023, os segmentos do varejo que dependem mais do crédito tiveram um desempenho ruim, com quedas nas vendas. No entanto, os setores que oferecem produtos essenciais viram um crescimento positivo, como combustíveis, farmácias e supermercados.
Bentes observa que a política de flexibilização monetária e a redução da taxa básica de juros (Selic) devem equilibrar o cenário, beneficiando os setores que dependem mais do crédito. Isso terá reflexo na criação de empregos no comércio. Atualmente, o emprego está crescendo mais nos setores essenciais do varejo, como supermercados e hipermercados.
Quanto ao setor de serviços, incluindo turismo, a expectativa é de um crescimento mais moderado em 2024. No entanto, Bentes destaca que o setor de turismo tem apresentado uma recuperação considerável, repondo as vagas de emprego perdidas durante a pandemia.
Em relação aos salários, Bentes destaca que o aumento médio de salários de admissão foi maior do que a inflação em alguns setores, indicando um cenário positivo para a remuneração no mercado de trabalho. No entanto, alguns setores do turismo e serviços perderam para a inflação. A pesquisa também aponta um aumento na massa de rendimento do mercado de trabalho, mais por conta do aumento da renda do que da abertura de novos postos de trabalho.
Em resumo, as projeções de Bentes apontam para um crescimento mais moderado no varejo e nos serviços em 2024, com uma composição diferente do crescimento e uma recuperação progressiva do setor de turismo. O setor de comércio também deve apresentar um crescimento mais equilibrado, com expectativas positivas para a criação de empregos.