BRASIL – Ataques a navios comerciais no Mar Vermelho ameaçam o comércio marítimo global e podem aumentar o preço do petróleo, alertam especialistas.

Intensificação de ataques coloca em risco o comércio marítimo internacional

Nos últimos dias, o Mar Vermelho tem sido palco de intensos ataques a navios comerciais por parte dos rebeldes Houthis, no Iêmen. Essa crescente preocupação tem despertado o alerta para a possível interferência no comércio internacional marítimo. A situação tem levado diversas companhias marítimas a evitar rotas comerciais chave, o que poderá resultar em um aumento nos preços de petróleo e outros bens, segundo especialistas.

O desvio das principais rotas de fornecimento, tanto para o transporte de matérias-primas, como petróleo e gás natural liquefeito, como para bens de consumo, pode resultar em atrasos no fornecimento e aumento dos custos. A grande preocupação das companhias marítimas é que redirecionar navios para outras rotas comerciais representaria um aumento considerável no tempo de viagem, custos de combustível e de seguro para o transporte marítimo.

Grandes transportadoras marítimas, como a MSC, Maersk e Hapag-Lloyd, já anunciaram a suspensão temporária da navegação pelo Mar Vermelho, delimitado ao norte pelo Canal do Suez e ao sul pelo estratégico Estreito de Bab al-Mandeb. Isso tem gerado uma incerteza nos mercados internacionais, visto que o Mar Vermelho é uma rota crucial que liga o Mediterrâneo ao Oceano Índico, responsável por 12% do comércio mundial, de acordo com a Câmara Internacional do Transporte Marítimo.

A situação tem sido intensificada devido aos recentes ataques dos rebeldes Houthis a navios na costa do Iêmen, em uma demonstração de apoio ao Hamas durante o conflito com Israel. Além dos ataques, o movimento tem lançado mísseis e drones contra o Sul de Israel e navios com bandeira israelense. Essa escalada de ataques tem sido vista com preocupação pelas autoridades internacionais e afirmam que ameaçam o livre fluxo do comércio e violam o direito internacional.

Como resultado, a rota do Mar Vermelho tornou-se motivo de grande preocupação para as companhias marítimas, que estão considerando rotas alternativas como a passagem pelo Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África, o que implicaria um aumento considerável no tempo de viagem e custos adicionais.

A situação tem levado a uma perturbação no comércio internacional marítimo, levando países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, e outros a lançarem uma operação naval para proteger os navios na rota do Mar Vermelho. Enquanto isso, os rebeldes Houthis afirmam que não vão parar os ataques contra os navios comerciais, entendendo suas ações como uma forma de solidariedade ao povo palestino.

A instabilidade no comércio marítimo internacional tem gerado preocupação sobre possíveis impactos nos preços de petróleo e bens de consumo, e continua a ser monitorada de perto pelas autoridades internacionais e empresas do setor. Em meio a esse contexto tenso, resta aguardar para ver quais serão os desdobramentos futuros desses ataques e como as companhias marítimas e governos irão lidar com essa crise.

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