Após denúncias de calotes e situações de intimidação envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e clínicas de fisioterapia que prestam serviços ao município de Maceió, o órgão limitou-se apenas a uma nota de assessoria, sem oferecer resposta concreta sobre o problema.
No texto, a secretaria assegura que o sistema registrará a frequência dos usuários ao serviço em tempo real, com total transparência dos dados. Entretanto, a SMS não respondeu às críticas apontadas na denúncia, de que pessoas vinculadas às clínicas de fisioterapia, responsáveis pela terceirização do serviço, estão enfrentando ameaças, coações e situações vexatórias.
Além disso, outro ponto não esclarecido refere-se ao não repasse para o pagamento desses serviços de saúde. A postura adotada pelo Diretor de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria da SMS, Mairon Micael Soares Rocha, é considerada intimidatória, conforme uma fonte sob condição de anonimato, gerando um ambiente de constante tensão e medo entre os terceirizados.
Segundo uma fonte, Mairon é indicado pelo pai do prefeito JHC, o ex-deputado João Caldas, e mantém relações de amizade com ambos os políticos. Ele veio de Brasília para atuar em Maceió em um setor operacional de uma das principais pastas do município.
Membros das clínicas denunciaram que, mesmo com 100% de verba do Governo Federal, os repasses estão sendo drasticamente reduzidos, sem justificativas claras. Falta transparência sobre a gestão dos recursos, e as unidades prestadoras do serviço, que tinham um teto de mais de R$ 100.000,00, estão recebendo valores extremamente abaixo, como, por exemplo, R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00.
Sem oferecer respostas, a Prefeitura informou que os pagamentos realizados a todos os contratados desta SMS podem ser consultados no Portal da Transparência da Prefeitura. Os prazos de análise dos dados e pagamento, de acordo com a administração, respeitam os trâmites de supervisão, auditoria e controle, conforme firmado em contrato com esses prestadores.