Durante a pandemia, muitos profissionais deixaram o setor e começaram a empreender, o que impactou o número de empresas do segmento, que atingiu o nível mais alto da história, chegando a 1,560 milhão de empresas no país, em comparação com 1,2 milhão em 2019. O presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), Fernando Blower, confirmou que a dificuldade de contratação de profissionais qualificados já vinha ocorrendo no setor, mas se agravou na pandemia. Parte dos trabalhadores especializados mudou de ramo, cidade e até de estado.
Essa dificuldade se reflete no salário médio do setor, que aumentou 9,9% nos últimos 12 meses, enquanto a média do Brasil atingiu pouco mais de 3%. Para suprir a falta de profissionais mais qualificados, a solução é treinar os profissionais existentes e os que entram no mercado. Entidades como a Abrasel e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) trabalham na qualificação, mas a demanda é maior que a oferta.
O SindRio apurou que foram criados no estado do Rio de Janeiro, desde janeiro deste ano, 10,5 mil postos de trabalho pelo setor de bares e restaurantes, com negócios mais impactados pelo turismo contratando mais. A presidente do Sindicato dos Empregados em Bares, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Região Metropolitana (SindBares-BA), Brasilina Neta, destacou que os empregos no setor devem ser formais, com carteira assinada.
A Abrasel também criou quatro núcleos em favelas brasileiras, com o objetivo de fortalecer o empreendedorismo nas comunidades. Essa iniciativa visa a aumentar o emprego na área e melhorar o país, fortalecendo a classe média e aumentando o poder de consumo da população. A meta é fortalecer o empreendedorismo como um meio de tirar as pessoas da insegurança e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país.